A pílula, o adesivo e o anel vaginal aumentam em até 20 vezes as chances de gravidez indesejada, alerta estudo norte-americano.

Se você acabou de ter um bebê e ainda não está pensando no próximo, já deve ter conversado com o seu obstetra sobre qual o momento para retomar os métodos contraceptivos. Uma pesquisa publicada recentemente pela Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostra que mulheres que usam pílulas, adesivos ou anéis vaginais têm 20 vezes mais chance de engravidar sem querer do que aquelas que usam anticoncepcionais considerados de longa duobração, como dispositivo intrauterino (DIU) ou implante.

O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, foi feito com 7.486 mulheres, de 14 a 45 anos, durante três anos. Entre as que usavam pílula, adesivos e anéis vaginais, 4,8% engravidaram sem querer depois de um ano, contra apenas 0.3% das do grupo que escolheu DIU ou implante contraceptivo. E somente 0,1% das mulheres que tomaram injeções de progesterona ficaram grávidas. A explicação é simples. "Os DIUs e os implantes são mais eficientes porque as mulheres podem esquecer deles depois que eles foram implantados", afirma Jeffrey Peipert, um dos autores do estudo. Ainda assim, os cientistas envolvidos na pesquisa acreditam que os outros métodos são mais populares porque são mais baratos e não é necessário um especialista para implantá-los.

Veja quais os tipos de métodos anticoncepcionais disponíveis no mercado, quanto custam e quais os mais indicados para o seu caso. ?

DIU (dispositivo intrauterino) sem hormônio:

Feito de cobre, tem menos de 1% de chance de falhar. Dura até dez anos, pode ser colocado imediatamente após o parto e retirado a qualquer momento por um especialista, mas aumenta o fluxo menstrual. Indicado para quem não quer mais ter filhos ou deseja esperar bastante tempo até o próximo.
Quanto custa: entre R$ 500 e R$ 1 mil
Fertilidade: volta imediatamente após a retirada

DIU (dispositivo intrauterino) com hormônio:

Libera pequenas doses de progestogênio diretamente no útero e diminui o risco de falhas para 0,2%. Dura até cinco anos, a mulher pode não menstruar ou ter o fluxo bastante diminuído. Indicado para quem não quer mais ter filhos, ou pretenda esperar um bom tempo. Precisa de anestesia local e pode ser colocado no consultório cerca de seis semanas após o parto e retirado por especialista a qualquer momento.
Quanto custa: em torno de R$ 1.800
Fertilidade: de um a três meses após a retirada

Implante:

É um pequeno bastão, implantado embaixo da pele do braço, que libera doses de progestagênio. Dura três anos e algumas mulheres sentem uma diminuição da libido. Colocado em consultório, com anestesia local, cerca de seis semanas após o parto, ele pode ser retirado também com anestesia a qualquer momento e tem um dos índices mais baixos de falha: 0,05%.
Quanto custa: cerca de R$ 1.800
Fertilidade: de um a três meses após retirada

Injeções de progesterona:

Indicado para quem tem anemia ou endometriose, cessa a menstruação e a picada precisa ser tomada a cada três meses. Pode haver retenção de líquido, o que altera o peso. Para quem pensa em ter mais filhos em “médio prazo”. O índice de falha é de 0,3%.
Quanto custa: R$ 20 por injeção, em média
Fertilidade: de três a 12 meses após a última injeção

Diafragma:

Usado com pomada espermicida, tem vantagem de você decidir sozinha a hora de usar e de parar. Uma espécie de tampão que cobre o colo do útero, precisa ser colocado antes de cada ato sexual e tirado após, no máximo, oito horas. Não altera a libido da mulher e é ideal para quem está preparada desde já para uma nova gravidez, pois o índice de falhas é bastante alto, de 6% ao ser usado com espermicida.
Quanto custa: diafragma, R$ 100; gel espermicida, R$ 20
Fertilidade: não há interrupção da fertilidade

Camisinha:

Dos métodos nessa fase, é o único destinado ao homem, além de ser o único que também protege de doenças sexualmente transmissíveis. Na fase pós-parto, a mulher tem pouca lubrificação vaginal e pode ser necessário o uso de lubrificante. Tem 2% de índice de falha. Bom para quem quer mais filhos para breve por não interferir no organismo da mulher.
Quanto custa: R$ 3 em média
Fertilidade: não há interrupção da fertilidade

Pílula de progestogênios de uso contínuo:

Existem as de baixa dosagem (minipílulas) e as de média dosagem, ambas tomadas sem pausas. O índice de falhas é de 1,6%. Melhoram a cólica e a tensão pré-menstrual, mas podem diminuir a libido.
Quanto custa: de R$ 10 a R$ 30
Fertilidade: de um a três meses após interrupção

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