Contamos todos os exames que você precisa fazer antes de se tornar mãe.

Você descobriu que está grávida, já contou para toda a família e comemorou, riu, chorou. Eis o momento em que a futura mãe costuma se perguntar: “Será que o meu bebê está bem? O que eu faço agora?”. Bom, procurar um obstetra é o primeiro passo. É ele quem estará com você acompanhando tudo o que acontecer em sua barriga pelo menos até o momento do tão esperado e temido parto. Esse acompanhamento gestacional ajuda a identificar problemas que possam vir a assolar a mãe e o feto. A ação preventiva é a melhor maneira de evitar o desenvolvimento de doenças que possam prejudicar a gravidez. Os exames pré-natais devem ser feitos por todas as mulheres gestantes, apresentem elas gravidez de risco ou não.

O ideal é que a mulher que esteja pensando em engravidar já procure logo seu ginecologista e comece os exames de check-up. Será visto se há predisposição genética (no histórico familiar dos futuros mãe e pai, por exemplo) para o desenvolvimento de alguma doença; se existem fatores que tornem a gravidez de risco (como beber, fumar, etc.); entre outras medidas. O intuito aqui também é identificar possíveis patologias logo de cara para saber como lidar com o problema durante a gestação, conferindo um desenvolvimento mais saudável para mãe e bebê.

Mas como muitas vezes a cegonha chega sem ser chamada, a gente preparou uma lista básica de exames a que a futura mãe deve se submeter antes de o bebê nascer.

Na 1ª primeira bateria de exames haverá: tipagem de sangue ABO e Rh, hemograma, detecção de doenças como diabetes, sífilis, toxoplasmose, rubéola, hepatite, HIV 1 e 2, cultura de urina e exame de fezes.
Pouco tempo depois, será feito um ultrassom transvaginal para verificar se o embrião está bem implantado no útero e também para delimitar o tempo de gestação e se ela é múltipla (prepare-se para esta revelação!).

Até a 12ª semana de gravidez será realizada a biópsia de Vilocorial, para examinar fragmentos da placenta. Da 15ª até a 24ª semana de gestação haverá coleta do líquido amniótico, chamada amniocentese. Ambos os exames são invasivos e indicados para gestantes que tenham mais de 35 anos ou para as que estão abaixo desta idade, mas que têm histórico familiar de doenças cromossômicas (como a Síndrome de Down).

Entre a 14ª e 16ª semanas de gravidez será feito o ultrassom morfológico de 1º trimestre, que poderá identificar a anencefalia fetal  em qualquer grau, além de medir o tamanho da nuca do bebê e se há acúmulo excessivo de líquido nessa região. Esta análise é chamada de Translucência Nucal e irá verificar as chances do bebê ter alterações cromossômicas, más-formações  por exemplo, a cardiopatia congênita  e/ou síndromes genéticas.

Perto do 5º mês de gestação, será feito o ultrassom morfológico de 2º trimestre para que se observe o feto em detalhes. Também terá vez o ecocardiograma fetal similar a um ultrassom, mas focado no coração do feto, que, ao contrário do que se costuma pensar, é indicado para todas as mulheres. Nele, busca-se identificar sinais de má-formação cardíaca. A Dra. Maria Virgínia Lima Machado, especialista em cardiopatias fetais, ressalta a importância desse exame, que já pode ser feito a partir da 14ª semana gestacional  pois o coração é o primeiro órgão a se formar.

As cardiopatias congênitas estão presentes em 6 a 8 crianças a cada 1000 nascidas vivas, apresentando uma maior incidência do que a Síndrome de Down, por exemplo, que atinge 1 a cada 700 bebês, segundo dados da Dra. Virgínia. Se identificada(s) alguma(s) característica(s) da cardiopatia, inicia-se um tratamento intrauterino ou, nos casos mais graves, já há a preparação para uma cirurgia neonatal, feita de 24 a 48 horas após o nascimento do bebê.

No 6º mês de gestação, há o exame de sobrecarga de glicose – também conhecido como teste de O’Sullivan (GPD), que mede a glicemia após a ingestão de líquido calórico para avaliar a incidência de diabetes gestacional.

A gravidez está chegando ao final e nos 7º e 8º meses de gestação a futura mãe fará ultrassom morfológico com Dopler, que analisa ossos, órgãos e fluxo de sangue do bebê no cordão umbilical e artérias uterinas. Ele detectará cerca de 90% das más-formações existentes, além de verificar se o feto está do tamanho adequado ao período gestacional. Fora isso, há ultrassons rotineiros para checar o peso do bebê, a quantidade de líquido amniótico presente e outros fatores, dependendo do andamento da gestação.

O último ultrassom geralmente ocorre entre a 36ª e a 39ª semanas de gravidez, fase em que é essencial acompanhar a movimentação do bebê no útero, pois o momento do parto não está distante.

Além de tudo isso, há outros exames adicionais que seu obstetra poderá lhe pedir em casos específicos. E, vale lembrar: em cada consulta pré-natal devem ser avaliados o peso da futura mãe, sua pressão arterial e altura do útero.

Quando o bebê nascer, os cuidados não param! Devem ser feitos os testes do pezinho, da orelhinha e do olhinho, entre outros. Você ainda pode conhecer os exames que, dentro de alguns anos, poderão estar cobertos pelos planos de saúde e incorporados à lista básica de exames preventivos que toda mãe deve se submeter ou ao seu bebê.

 

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