Entenda por que é tão importante manter o calendário de vacinação do seu filho em dia
A imunização é a maneira mais eficaz de proteger o seu pequeno contra doenças infectocontagiosas. Funciona assim: ao ser vacinado, o sistema imunológico dele recebe o agente causador da doença (vírus e bactérias) atenuado ou mesmo morto. Algumas vacinas também são fabricadas com apenas fragmentos desses agentes.
Dessa forma, o organismo produz anticorpos com antecedência para combatê-los quando for realmente preciso. A seguir, listamos algumas respostas para as dúvidas mais comuns dos pais.
É melhor no posto ou na clínica?
O calendário brasileiro de vacinação contempla a maioria das vacinas básicas que existem no mercado e é um dos mais completos do mundo. Mas se você tiver a possibilidade de pagar por outras que não são oferecidas na rede pública, como a da gripe (aplicada no posto de saúde apenas em crianças de 6 meses a 2 anos) e da catapora, melhor ainda.
A eficácia da vacina do posto de saúde é a mesma daquela da clínica de vacinação. No entanto, as da rede privada costumam ser do tipo acelular, uma tecnologia que gera menos efeitos colaterais. Nas clínicas particulares também existem mais vacinas combinadas nome dado àquelas que protegem contra mais doenças em apenas uma dose, o que reduz o número de picadas.
Pode tomar mais de uma no mesmo dia?
Sim, desde que sejam aplicadas em locais diferentes. Deixe a vacina para outro dia apenas se a criança estiver com febre. Crianças com alergia a ovos e a alguns tipos de antibióticos também podem sofrer reações após a imunização. Por isso, a orientação do pediatra é fundamental para evitar qualquer erro na hora de completar a carteira de vacinação do seu filho. Além disso, quem é que consegue decorar tantas doses e datas assim?
Ela pode causar a doença?
Os componentes da vacina, como falamos, estimulam o organismo, que vai produzir uma resposta imunológica. Esse processo pode gerar algum desconforto, o que faz com que alguns pais pensem que a criança ficou doente. Mas esses sintomas são bem menos agressivos do que a doença em si.
Quais as possíveis reações?
Entre os efeitos colaterais que a picada pode causar estão febre, dor e vermelhidão local e irritabilidade. Para aliviar a dor, você pode aplicar uma compressa fria na região e usar um antitérmico (se for o caso) ou analgésico recomendado pelo pediatra do seu filho. As intramusculares, ou seja, aquelas aplicadas no músculo (em geral, na coxa ou bumbum do bebê) podem doer um pouquinho mais do que as subcutâneas, injetadas abaixo na pele. Mas, infelizmente, não é a mãe que escolhe o local onde a medicação vai ser injetada, porque isso depende do tipo de vacina. As contra hepatite B e gripe, por exemplo, são via intramuscular. Já a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é subcutânea.
Vacinação causa autismo?
A polêmica surgiu em 1998, na Inglaterra, quando um estudo sugeriu que o thimerosal (conservante à base de mercúrio) contido nas vacinas pudesse causar a síndrome. Isso fez com que muitas famílias deixassem de vacinar os seus filhos e aumentou o índice de doenças quase extintas, como o sarampo, em alguns países. Mas desde então, inúmeras pesquisas científicas mostraram que não há evidências que comprovem essa suspeita. Todas as vacinas são importantes, mesmo aquelas que protegem contra doenças consideradas menos graves. Pois, em crianças menores, como o sistema imunológico é menos desenvolvido, há mais risco de internação. Manter a carteira de vacinação do seu filho em dia é essencial – não só para a saúde dele, mas de toda a população.