A expectativa, segundo o Ministério da Saúde, é vacinar 12,2 milhões de crianças entre 6 meses e menores de 5 anos contra a paralisia infantil
Neste sábado dia (8) começou em todo o país a 34ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta, de acordo com o Ministério da Saúde, é vacinar contra a paralisia infantil 12,2 milhões de crianças em todos os estados.
A campanha segue até 21 de junho. Todas as crianças com menos de 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas. Depois desse período, o imunizante continua disponível em todos os postos de saúde.
Assim como na campanha do ano passado, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos 2 meses e a segunda aos 4 meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável que também está disponível nos postos durante essa campanha.
Já a terceira dose (aos 6 meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
Segundo o ministro da saúde Alexandre Padilha, haverá cerca de 115 mil postos de vacinação em todo o país, distribuídos entre unidades de saúde da rede pública, associações, rodoviárias, escolas, entre outros locais. Em entrevista à imprensa, Padilha também chamou a atenção das famílias para checarem se a caderneta de vacinação das crianças está completa e atualizada.
Restrições da gotinha
As restrições às gotinhas contra a poliomielite ficam para as crianças que estiverem com infecções agudas, febre acima de 38 ºC, vômito, alergia a algum componente da vacina, como a estreptomicina e eritromicina, já apresentaram reação anormal às gotinhas ou crianças com deficiência imunológica em tratamento com imunossupressores. A orientação, nesses casos, é consultar o pediatra da criança sobre a conduta mais adequada.
Entenda a doença
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.
O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição. No Brasil, a doença está erradicada desde 1989.