O afogamento em praias e piscinas está entre as principais causas de morte de crianças no Brasil. Conheça os riscos e proteja as crianças.
O verão é uma das épocas do ano mais aguardadas pelas crianças. Afinal, tem coisa melhor do que brincar na água da praia ou da piscina? Para que esse momento tenha só boas lembranças, a atenção dos pais deve ser redobrada. E os números cedidos pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) explicam o motivo: o afogamento é a segunda maior causa de morte de crianças de 1 a 9 anos no Brasil, sendo que 45% delas acontecem por falhas na supervisão dos adultos.
“Nesses próximos meses, os cuidados devem ser multiplicados, já que a exposição das crianças a áreas com espelhos d’água aumenta em muito o risco de afogamento. A supervisão de 100% do tempo com seu filho é fundamental”, diz David Szpilman, diretor médico da Sobrasa.
Cerca de 5 minutos sem respirar é o suficiente para causar danos permanentes no cérebro. Os afogamentos acontecem de forma rápida e silenciosa. Por isso, todo cuidado é pouco. Abaixo, você confere 10 dicas para evitar esse tipo de acidente com a sua família, lembrando que a principal delas é sempre o olhar atento às crianças:
Em praias
- Pergunte ao salva-vidas qual é o melhor lugar para o banho de mar.
- Obedeça as placas de sinalização na praia (e ensine sobre elas às crianças). Se a bandeira for vermelha, por exemplo, não entre no mar em hipótese alguma.
- Ainda que o seu filho seja mais velho e saiba nadar, nunca deixe-o sozinho no mar.
- Se você vir uma pessoa se afogando, seja ela um adulto ou uma criança, não tente salvá-la (a não ser que você conheça técnicas de reanimação). Busque a ajuda de um salva-vidas ou ligue para um serviço de emergência.
- Bóias de braço ou brinquedos infláveis não garantem a segurança das crianças, já que podem estourar ou esvaziar. O ideal são os coletes salva-vidas.
Em piscinas
- As áreas de piscina devem estar sempre isoladas, com cerca, portões ou o que limitar o acesso das crianças. Melhor ainda quando é possível contar com aqueles alarmes sonoros que avisam quando alguém ultrapassa um perímetro demarcado.
- Não deixe brinquedos próximos da beirada. Isso atrai as crianças para perto das piscinas.
- Desligue o filtro da piscina em caso de uso, já que a pressão que ele faz pode prender o cabelo do seu filho, por exemplo.
- Não permita brincadeiras que envolvem hiperventilação aquelas em que as crianças querem testar quem fica mais tempo embaixo da água. Um desmaio nessas situações pode ser fatal.
- Avisos sinalizando as áreas rasas das piscinas também são fundamentais.