Guardar dinheiro agora vai ajudar você a realizar os sonhos dos seus filhos e seus também no futuro.
O governo brasileiro vem baixando a taxa básica de juros há vários meses e incentivando o consumo através da redução de impostos sobre produtos específicos, como carros e eletrodomésticos. Por conta desse movimento, muita gente acha que é hora de gastar e se confunde com as informações sobre o quanto seus investimentos estão rendendo. A poupança não vale mais a pena? Preciso mudar meu dinheiro de lugar? Que tipo de aplicação é melhor para mim?
Se você é pai ou mãe, deve estar com a preocupação dobrada. Afinal, precisa poupar para você e para o seu filho. É isso mesmo, você precisa. Porque ao guardar algum dinheiro vai ser mais fácil de concretizar sonhos maiores lá na frente. Seja para reformar o quarto do seu filho daqui a três anos ou para bancar os estudos dele daqui a quinze, é necessário um pouco de disciplina. “As famílias devem poupar seja como, quanto e onde for”, afirma Álvaro Modernell, educador financeiro. Mas como poupar quando os gastos com os filhos aumentam a cada ano? Para facilitar a sua vida, reunimos algumas dicas:
Tenha objetivos concretos
É difícil guardar dinheiro só por guardar. A gente quer satisfazer nossos desejos imediatos e quando vê já está pensando “ No mês que vem eu guardo...” Para facilitar, crie objetivos. “Quem não tem um objetivo mais concreto pode usar os sonhos”, afirma o especialista em finanças Mario Petronilho. Vale do videogame que você quer dar de Natal à viagem internacional que pretende oferecer quando ele for adolescente. Pense em quanto você consegue economizar e por quanto tempo. Ter metas também ajuda a escolher o melhor tipo de investimento, porque a aplicação que é vantajosa em um prazo de dois anos pode ter o pior rendimento se seu horizonte for de 10 anos.
Saiba onde você está colocando seu dinheiro
Não adianta inventar moda na hora de investir. “A decisão sobre o destino do dinheiro depende do nível de informação que a pessoa tem e a facilidade com cada serviço financeiro. É preciso ter segurança na hora de escolher”, aconselha Modernell. Ou seja, trocar sua poupança por ações só porque seu cunhado disse que ganhou uma bolada na bolsa não é uma boa ideia se você não sabe como fazer isso. Caso você queira diversificar os investimentos, estude bem e peça conselhos antes de tomar qualquer atitude. Além disso, fique atento às taxas, pois elas podem diminuir seu rendimento.
Não existe receita de bolo
Quando se trata de investimentos pessoais, cada caso é um caso. Tudo depende da quantia que você vai guardar por mês, por quanto tempo você vai deixar o dinheiro rendendo e qual risco você está disposto a correr. Se você quer testar novos produtos financeiros e buscar uma alternativa à boa e velha caderneta de poupança, estude qual é a melhor opção com todas essas variáveis em mente.
A caderneta de poupança ainda é um bom investimento, sim!
As regras da poupança mudaram. Ela está rendendo um pouco menos do que antes, é fato, mas suas duas principais características, que garantem que ela seja a alternativa preferida dos brasileiros, continuam as mesmas: facilidade e segurança. “A poupança é um grande negócio porque você não precisa ter um dicionário do lado para entender como funciona”, explica o economista Luiz Calado. Para quem guarda pequenas quantias por mês (R$ 500 ou menos) e não sabe quando vai precisar tirar de lá ou sabe que vai tirar em um prazo pequeno ela ainda traz o melhor retorno. Caso você tenha um horizonte de médio ou longo prazo e uma quantia maior para investir, aí, sim, pode pensar em alternativas como fundos de investimento, títulos do governo ou ações.
Transmita para seus filhos o hábito de guardar dinheiro
Se você está poupando para seus filhos, mostre isso para eles. Afinal, dar o exemplo é fundamental. “Os estímulos para consumir são muito grandes. É importante mostrar para a criança a importância de poupar”, afirma Calado.
Os pais também precisam guardar para si mesmos
O tempo em que se vivia o final da vida só com o dinheiro da aposentadoria passou. Todos os especialistas consultados para essa matéria foram unânimes em dizer que quem ainda não começou uma previdência privada está atrasado. Isso porque a perspectiva de longevidade da população só aumenta, e para o sistema público de previdência vai ser cada vez mais difícil arcar com tanta gente vivendo tanto tempo. “O INSS não só no Brasil, mas no resto do mundo, tem sofrido muito desgaste. O sistema não vai aguentar e você precisa pensar em como vai se sustentar. Contar com o filho para isso definitivamente não é a melhor saída”, opina Calado.
A saída é tomar a iniciativa. Algumas empresas oferecem um plano de previdência para os funcionários. Eles costumam ser mais vantajosos do que os particulares porque incluem um subsídio que não é descontado do salário. Se não for o caso da sua, ou se você não trabalhar, procure se informar sobre a melhor alternativa e garanta uma vida mais tranquila aos 80, 90, ou quem sabe 100 anos.
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