Pesquisa holandesa apontou que gestantes que tomaram cerca de três xícaras por dia durante a gravidez não tiveram filhos com problemas comportamentais. Saiba mais

Logo cedo para começar o dia ou depois do almoço para animar a tarde, tomar uma xícara de café quentinha é mesmo uma delícia. Pena que, como você já deve ter ouvido, é preciso diminuir o consumo na gravidez , já que o café tem substâncias estimulantes como a cafeína. Mas um estudo da Universidade de Tilburg, na Holanda, não encontrou evidências de que tomar café na gestação aumente as chances de ter filhos hiperativos, com problemas de relacionamento e comportamento ou falta de atenção.

Para chegar a esse resultado, o estudo mediu o consumo de cafeína de um grupo de gestantes na 16ª semana de gravidez. Um tempo depois, quando seus filhos estavam com 5 anos, os pesquisadores pediram para que essas mulheres e as professoras das crianças respondessem às perguntas sobre o comportamento deles. Foram recebidas 3.439 respostas, a partir das quais os médicos concluíram não haver evidências de que o contato do feto com cafeína cause tais problemas.

Os pesquisadores ressaltaram que esses resultados não significam que a cafeína não tenha efeito, especialmente a longo prazo, e que as gestantes devem seguir as recomendações de seus obstetras. Em exagero, é possível que a cafeína afete o bebê, sim. Isso porque faz com que os vasos sanguíneos do corpo se contraiam. "Assim, se a gestante consumi-la demais, a substância pode prejudicar a circulação útero-fetal, causando aborto ou parto prematuro", diz Mario Martinez, obstetra e ginecologista do Hospital São Luiz. Baixo peso no nascimento, parto prematuro e aborto, além de maior irritabilidade, nervosismo e alterações do sono são alguns dos possíveis problemas.

Mas qual quantia segura, afinal?

De acordo com o pediatra Vanderlei Wilson Szauter, do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP), existem trabalhos afirmando que o consumo de 200 a 300 mg de cafeína (equivalente a 2 ou 3 xícaras de café, 6 xícaras de chá ou 5 latas de refrigerante) não acarreta prejuízo algum para o bebê ou para a gestante. Se a gestante desenvolver alguma alergia ou aumento da sensibilidade à cafeína, aí sim, ela não pode tomar nenhuma dessas bebidas. "O importante é ter bom senso e não exagerar” , reforça. E se for muito difícil abrir mão daquele cafezinho depois do almoço, você pode pedir um descafeinado, que tem o mesmo sabor e uma dose quase desprezível de cafeína.

 

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