A ansiedade de separação faz parte do desenvolvimento da criança.

Gargalhadas e braços abertos. Era assim que o seu bebê se comportava em frente às outras pessoas, mas, de repente, os sorrisos viraram choros com direito àquela boquinha triste e os braços bem agarrados a você. Para tirá-lo do seu colo, só se for com algum brinquedo interessante e olhe lá. Essa mudança de comportamento dos bebês  conhecida como ansiedade de separação faz parte do desenvolvimento e acontece a partir dos 7 meses.

Segundo a psicóloga infantil Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP), é por volta dessa idade que o bebê começa a reconhecer as pessoas e, por isso, percebe quando ele e a mãe (ou o cuidador responsável) se separam. “A ansiedade de separação é mais comum entre 7 e 18 meses, mas também pode acontecer na primeira experiência do seu filho longe de você, como a sua volta ao trabalho ou os primeiros dias no berçário, por exemplo", diz. Se ele demonstrar esses sintomas mais tarde, entretanto, após já ter enfrentado essa transição em outros momentos, converse com o pediatra.

Ver seu filho chorando por sua causa é difícil mesmo. O coração fica apertado e dá vontade de cancelar qualquer compromisso para ficar com ele nos braços. Mas não pode ser assim. A ansiedade de separação faz parte do desenvolvimento do bebê, assim como deixar a fralda e a mamadeira. Como os outros marcos, é preciso firmeza para enfrentar o processo de adaptação, que dura, em média, um mês e controlar o choro. O seu, claro!

Para aliviar a ansiedade

Embora seja tentador sair de fininho, sem que seu filho perceba, não é nada indicado pelos especialistas. “Você evita o choro, mas aumenta as possibilidades da criança se tornar insegura. Como não sabe a hora que você pode sair, ela vai querer ficar ainda mais grudada em você”, diz Rita.

Por isso, desde sempre, fale tchau para o seu filho e dê um beijo nele antes de sair. Diga o que você vai fazer e que volta à noite para brincar com ele, por exemplo. Se a criança começar a chorar, reforce que você vai voltar e saia. Não ligue para saber como ela está logo em seguida. Espere pelo menos meia hora para que os ânimos da casa se acalmem. Se o seu filho estiver dormindo, passe em seu quarto e dê um beijo. Você também pode deixar um recadinho, se ele já tiver idade para entender isso. A empresária Regina Sollare, 37 anos, combinou com a filha Júlia, 3 anos, que após dar o beijo de tchau, também iria dar um nó na cortina do quarto. Assim, quando ela acordasse, saberia que a mãe passou por ali. #ficaadica

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