Conforme seu filho cresce, as medidas de proteção mudam. Mas alguns cuidados vão até a vida adulta.

Grades nas escadas, protetores de tomada, armários trancados a chave. Estudos mostram que 90% dos acidentes na infância são evitáveis. Adaptar o lar e tomar medidas de segurança também fora de casa por causa das crianças, portanto, faz todo sentido. Mas até quando tudo isso é necessário?

Alguns cuidados, obviamente, vão se tornando inúteis com o tempo, como as travas para o vaso sanitário. “O que acontece, na verdade, é que essas medidas são substituídas por outras”, diz Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura. Como a criança fica mais independente à medida que cresce, as ousadias aumentam na mesma proporção.

Depois da fase oral, por volta dos 3 anos de idade, por exemplo, a criança já não leva tudo à boca como costumava fazer. Por isso, o risco de sufocamento e engasgo por aspiração de objeto estranho diminui.

“No mesmo período, quando a linguagem está mais desenvolvida, ela assimila melhor as orientações”, diz a pediatra Tania Shimoda, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Isso significa, de acordo com a pediatra, que você já pode tirar os protetores de tomada sem problemas, pois ela já entendeu que não deve mexer ali.

Se a princípio, a cozinha era ambiente proibido para o bebê, com o passar do tempo, ele pode até aprender a cozinhar. “A partir da fase pré-escolar, as crianças podem participar do preparo de alimentos de forma lúdica, enrolando brigadeiros ou cortando biscoitos, por exemplo”, diz Tania. “Na adolescência, já é possível deixá-los responsáveis pela refeição.”
Por volta dos 4 ou 5 anos, como os pequenos ganham agilidade, o perigo são as quedas de alturas maiores, assim como os atropelamentos. Por isso, nada de deixar seu filho brincar em locais perigosos (como áreas próximas de garagens, playgrounds sem certificação ou na rua) e sem a supervisão de um adulto. Nesse caso, nem mesmo os pais dos mais comportados devem relaxar.

Existem, porém, recomendações que devem ser observados por toda a infância. Entre elas, estão a cadeirinha (que, conforme a idade, é substituída pelo booster e cinto de segurança), as redes de proteção nas janelas dos apartamentos e o capacete para andar de bicicleta.
O ideal, segundo Alessandra, é inserir a prevenção naturalmente no cotidiano. Os acidentes acontecem  e todos são vulneráveis. “Isso não significa que devemos ficar em casa ou amedrontar as crianças”, diz. Se os pais fazem tudo o que está ao seu alcance, podem ficar tranquilos.

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