Pesquisadores norte-americanos em parceria com dinamarqueses apontam que presidentes de empresas que são pais tendem a cuidar melhor dos funcionários

Uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos sugere que os trabalhadores, principalmente as mulheres, devem cruzar os dedos e pedir que o presidente da sua empresa tenha uma filha menina. O estudo realizado com CEOs de empresas privadas na Dinamarca entre 1996 e 2006 acaba de ter seus resultados divulgados no encontro anual American Economic Association´s, em San Diego, nos Estados Unidos.

Conduzida pelos professores Michael Dahl, da Aalborg University (Dinamarca), Cristian Dezso, da University of Maryland Smith (EUA) e David Gaddis Ross, da Columbia Business School (EUA), a pesquisa aponta que, de maneira geral, quando o CEO de uma empresa tem um filho, especialmente se for o primeiro filho e do sexo feminino, o presidente tende a aumentar os salários dos empregados, principalmente das mulheres, que ele passa a enxergar como mais competentes.

Para os especialistas, faz todo o sentido. A psicóloga Sofia Esteves, presidente do Grupo DMRH, consultoria de RH, de São Paulo, afirma que é nítido que assim que um CEO vira pai, suas decisões na empresa são impactadas pela paternidade. “Isso está ligado a uma mudança no ciclo de vida pessoal. Quando você casa, tem um filho, os seus valores e a sua visão de mundo passam a ser outros”, afirma.

Para a psicóloga especialista em clínica analítica e terapia de casal e família, Ana Maria Olmos, este “novo comportamento” surge com a paternidade porque o executivo pai da bebê passa a projetar nas funcionárias mulheres esta visão de pai. “Aparece um componente protetor e de identificação positiva, o que é bom para as funcionárias”, diz Ana Maria.

Outro ponto que chama a atenção é que após o nascimento do filho, o homem se preocupa mais com o bem-estar das pessoas. Será verdade? Alguns psicólogos, apesar de não terem base científica para comprovar a tese, afirmam sentir essa realidade, especialmente em alguns momentos de vida específicos. “Quando o filho está na época da faculdade, percebo que muitos presidentes ficam mais abertos para conversar sobre programas de estágio, programas de trainee, inovação. Sem querer, acabam fazendo na uma analogia com os seus filhos”, diz Sofia.

Independente do cargo e do sexo, a paternidade e a maternidade parecem sempre trazer consigo grandes mudanças para o ambiente de trabalho. “Você faz uma reflexão do que quer para você e acaba passando isso para os outros. As mulheres executivas mudam depois que têm filhos, não querem mais um horário rígido de trabalho, por exemplo”, aponta Sofia Esteves.

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